tratamento da perda auditiva

Na terceira idade, as pessoas são mais propensas a perderem a audição, sendo importante observar que a falta de tratamento da perda auditiva pode levar ao agravamento de um quadro depressivo. Essa é a conclusão de uma pesquisa com idosos, que apontou para uma grande ligação entre a deficiência na audição e os sintomas de depressão.

Os estudos também identificaram uma correlação entre os graus de surdez e o nível do estado depressivo — quanto maior a deficiência auditiva, mais grave pode ser o sentimento de tristeza, desinteresse e isolamento do convívio social. Isso ocorre devido à dificuldade de compreensão da fala.

Para um melhor entendimento sobre o assunto, explicaremos os principais aspectos envolvidos na relação entre a perda auditiva e o desenvolvimento de depressão na terceira idade. Continue lendo para saber mais!

Quais fatores ligados à deficiência auditiva podem contribuir para o quadro depressivo?

A depressão caracteriza-se como um distúrbio de origem multifatorial com forte impacto funcional, que envolve inúmeros aspectos biológicos, psicológicos e sociais.

O humor deprimido e a perda de interesse ou de prazer em realizar quase todas as atividades são os principais sintomas do quadro depressivo, que se apresentam no cotidiano do paciente que não recebeu tratamento para a melhora da audição.

Veja, a seguir, alguns dos fatores mais comuns ligados à deficiência auditiva e que contribuem para o desenvolvimento da depressão.

Baixa autoestima

A limitação que a pessoa pode sentir ao não conseguir mais fazer o que apreciava, como assistir a filmes na TV, ir ao teatro e a restaurantes e participar de reuniões com amigos e familiares, gera um sentimento de inutilidade e de baixa autoestima.

Demência e paranoia

Segundo estudospor não escutarem bem e não terem uma vida social ativa, os idosos apresentam maior propensão a desenvolver problemas psiquiátricos, como a demência e a paranoia. Além disso, a perda auditiva pode desencadear mudanças no cérebro que contribuem para a depressão.

Isolamento

A perda da audição interfere negativamente na comunicação e no equilíbrio, podendo levar ao isolamento social e à redução da atividade física, que, por sua vez, levam à depressão.

O idoso não consegue mais se comunicar com a família e os amigos. Mesmo em ambientes mais privados, as pessoas podem falar perto dele, sem, no entanto, compreenderem a sua dificuldade com a perda auditiva, fazendo com que ele se sinta ignorado e indesejado. Dessa forma, ele começa a preferir ficar sozinho em casa e perde o interesse, evitando qualquer tipo de contato social.

Tristeza profunda

As variações da tristeza profunda incluem a solidão, a aflição e o sentimento de incapacidade. Muitas vezes, por mais que o idoso queira se comunicar, é desencorajado pela falta de paciência das pessoas que o cercam e, dessa forma, desiste de se esforçar para uma melhor comunicação.

A perda da habilidade de ouvir os sons que ele costumava gostar, como a música, os ruídos da natureza ou a voz de pessoas, pode deixá-lo aflito devido ao sentimento de incapacidade e induzi-lo à solidão.

Zumbido no ouvido

A deficiência auditiva também pode provocar o surgimento de zumbido nos ouvidos, muitas vezes, debilitante. Em alguns casos, esse aspecto também contribui para o aumento do stress e para a depressão.

Qual a relação entre a falta de tratamento da perda auditiva e a depressão?

Um dos principais fatores que relacionam a perda auditiva com a depressão é a demora em buscar ajuda profissional. Muitas pessoas esperam, em média, seis anos após os primeiros sinais para iniciarem um tratamento.

Há também idosos que, mesmo necessitando de aparelhos auditivos, nunca os utilizam por diversas razões, como a negação do problema, o preconceito, a falta de informação, a preocupação estética e a ausência de condições financeiras.

Outros não procuram ou não aceitam ajuda, desenvolvendo sentimentos de raiva, ansiedade e frustração que podem levar facilmente a um quadro depressivo.

A necessidade de conscientizar o paciente

É fundamental que familiares e cuidadores fiquem atentos aos sintomas e busquem alternativas para explicar ao idoso sobre a importância de consultar um otorrinolaringologista e realizar exames.

Quando o paciente entende, de fato, a necessidade de utilizar os aparelhos auditivos e as possibilidades que o tratamento oferece para a melhoria da qualidade de vida, há uma maior facilidade para a adesão ao tratamento, o que evita a instalação de sintomas da depressão.

Qual a importância do diagnóstico precoce?

O diagnóstico precoce é crucial para evitar que a perda auditiva se agrave e evitar as complicações físicas e psicológicas, a fim de garantir a qualidade de vida na terceira idade. Dessa forma, é preciso ficar atento aos sinais e buscar ajuda profissional no início do problema.

Entretanto, muitas vezes, o cuidador, uma pessoa próxima ou mesmo um membro da família, têm dificuldade em identificar a deficiência auditiva. Por esse motivo, é preciso observar os seguintes comportamentos no idoso:

  • necessidade de aumentar o som da TV mais do que o normal;
  • alegações de que escuta, mas não entende;
  • capacidade para entender apenas parte da informação;
  • falta de percepção de sons agudos, como canto dos pássaros e toque do telefone;
  • falta de compreensão do sentido das frases mais complexas;
  • maior dificuldade de escutar consoantes agudas, como “s”, “z”, “f” e “v”;
  • maior capacidade de audição das vogais;
  • queixas sobre ruídos no ouvido.

Muitas vezes, o diagnóstico identifica a necessidade de um processo de cuidado multidisciplinar para o tratamento da audição e dos sintomas da depressão.

Quando é necessário um tratamento multidisciplinar?

Conforme já comentamos, o agravamento da deficiência auditiva impacta no agravamento de fatores emocionais e físicos. Dessa forma, os pacientes que foram diagnosticados tardiamente em suas perdas de audição, em geral, necessitam de cuidados que envolvem outros profissionais.

Dependendo do caso e do grau da perda auditiva, pode ser necessário um trabalho de equipe multidisciplinar que possa contar com um otorrinolaringologista, um fonoaudiólogo e um psicólogo para proporcionar a recuperação em todos os aspectos que sofreram impactos.

Como vimos, a perda auditiva não tratada e a depressão apresentam uma forte relação, podendo levar ao agravamento da condição depressiva. Nesse sentido, é fundamental buscar ajuda profissional aos primeiros sinais da deficiência de audição.

As informações deste artigo foram úteis para esclarecer sobre a relação entre a perda auditiva não tratada e a depressão? Então, assine a newsletter para ficar atualizado com conteúdos que tratam dos problemas de audição e da recuperação da qualidade de vida.

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